Kalmia Latifolia - A286, Lauren

Kalmia Latifolia - A286, Lauren

Год
2018
Язык
`portugalski`
Длительность
338300

Poniżej tekst piosenki Kalmia Latifolia , wykonawca - A286, Lauren z tłumaczeniem

Tekst piosenki „ Kalmia Latifolia ”

Oryginalny tekst z tłumaczeniem

Kalmia Latifolia

A286, Lauren

Agora não há mais o que fazer

Definitivamente acabou

A esperança de um dia mudar e voltar a ser

Como quando tudo começou

Quem vai entender meus motivos?

O por quê guardei tudo pra mim?

Como sustentaria meu filho?

A maquiagem esconde e os cortes

Nem foi tão fundo assim

Pra quem vê de fora é fácil condenar:

«era só separar»

Sem o pai dos seus filhos, doente e possessivo

Ameaçando te matar e se matar

Descrevendo seus passos, sua roupa

E seus atos em mensagem por celular

Cego, obcecado, fantasiando caso

Te perseguindo e vigiando trabalhar

E você dividida

Refém, entre a paixão e o rancor

Uma vida de foragida ou resgatar a família

Que tanto sonhou e sempre amou?

Pra quem vê de fora é fácil, eu sei

Também cansei de julgar

Na equívoca convicção: «Só acontece com os outros»

Sem nunca se pôr no lugar

Só acontece com os outros mesmo

Mas agora os outros é você

No deserto do lar sob chuva de soco

Sem sucesso tentando se proteger

«Essa foi a última vez

Vou fugir e denuncio o covarde»

Desde o primeiro murro que minto pra mim:

«Agora acabou de verdade»

Até a cena de praxe das lágrimas

Convincente em sua declarações

E eu como sempre vencida pelo presente

Uma rosa e um bilhete com mil perdões

Pra nem uma semana depois

Ver a metamorfose das frases

E as declarações vir em sequência

De bica, paulada e o afundamento da face

Me perdoa, mãe

Omiti pra te não ver chorar

Das mentiras às contradições

Só tiveram a intenção de te poupar

Não precisa esperar eu pra dormir

Descobri que o amor também mata

Hoje o Romeu não trouxe flor

E eu não volto pra casa

Da religião à cultura esportiva

Da educação à pornografia

A conduta não se justifica ao que aprende

Mas ao que ensina

O ambiente constrói hábitos

Que aparentam autorizar tal comportamento

Contribuindo com a ação abusiva

Que a alma traumatiza e causa sangramento

A não submissão à tortura, aos maus tratos

Da porta pra dentro

Ainda é um sonho não sonhado

A razão não tem gênero, mas em diversos lares

Da nossa sociedade evoluída

Ainda se preserva o único direito:

Apanhar em silêncio

Com incontáveis hematomas no corpo

Impossibilitando trabalhar

Sem coragem de se olhar no espelho

Nem de denunciar

Sem desculpa dessa vez

A saída foi o total confinamento

Já que o olho roxo semana passada

Já foi a que escorregou lavando o banheiro

É o moderno romantismo medieval

Que só entende

Quem não entende o que te prende

À essa dependência sentimental

Se questionando incansavelmente

Por quê tem que ser assim?

E quanto mais se despreza

Mais sente falta e mais nojo sente de si

Estrelando a contraditória

Epopeia das pétalas esquecidas

Que traz como protagonista do cuspe na cara

Ao mesmo que te proporcionou

Os melhores dias de vida

A expressão angelical

Sem aparente sinal vital

Descreve a eficiência da justiça

Com um projétil na nuca, trazendo na bolsa

A folha da medida protetiva

Avisa o oficial

Que já não há mais o que depor, na moral

Que nossas leis representam

Um avanço significativo

Só no campo conceitual

Que aqui os números assustam a opinião pública

Mas não estimulam ação

Comprovando que o problema é cultural

Não de legislação

E a incógnita que desafia a psiquiatria continua sem resposta…

Hoje não precisa esperar ela pra dormir

Só não esquece o caixão cor de rosa

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